Onde Pára a Nossa Saúde
Doentes há muitos. O que falta são as condições.
Muitas horas de espera nas urgências, muitos meses de espera por consultas da especialidade ou cirurgias, é uma das várias consequências diretas da falta de recursos humanos e técnicos nos hospitais públicos portugueses. Uma realidade a que não escapa o Centro Hospitalar do Oeste (CHO)que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche e serve perto de 300 mil habitantes dos concelhos do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos, Peniche, Torres Vedras, parte de Alcobaça e de Mafra.
Com o intuito de “empurrar” a administração hospitalar para a resolução destes problemas, a Comissão de Utentes do CHO reuniu no passado dia 16 de janeiro com elementos afetos à administração do Centro Hospitalar, autarquias da região, bombeiros, GNR e PSP.
Faltou o Presidente da Ordem dos Médicos a quem foi também dirigido o convite e Ana Paula Harfouche, Presidente do Conselho de Administração, que segundo Vítor Dinis, Presidente da Comissão de Utentes “se encontra de férias” e deixa a pergunta: “Será esta a melhor altura para a Presidente da Administração Hospitalar tirar férias? Numa altura do ano em que há picos de ocorrências de gripe?”
Porque há uma degradação em escalada nas condições hospitalares e disso, já ninguém tem dúvidas, a Comissão de Utentes resolveu “tomar o pulso” numa luta contra as más condições em que trabalham os profissionais e são atendidos os doentes. “Basta passar algum tempo nas urgências, por exemplo. Ou passar os olhos pelo livro de reclamações. Os portugueses, ainda mal acostumados a reclamar por escrito, vão aderindo a esta forma mais eficaz de explanar o descontentamento e se o fazem agora mais do que antes, também se deve a uma paciência no limite e a uma saturação crescente para tentar compreender o que não tem compreensão”, refere o responsável.
Triagem de Manchester, para que te quero?
Há quem espere doze, quinze, dezassete horas ou mais, para ser atendido numa urgência hospitalar. Há mesmo quem desista de ser visto por um médico após mais de uma dezena de horas à espera. É o caso da Sara Raquel, que deu entrada nas urgências do hospital das Caldas da Rainha com um episódio de asma, às 17.30h de 5 de janeiro, e às 6.30h de dia 6, desistiu de esperar e foi para casa.
Diz a Sara Raquel, que durante o tempo que lá esteve, nenhum médico chamou quem, como ela, tinha a pulseira verde atribuída na triagem. Mas não são melhores os tempos de espera para quem tem no pulso uma pulseira amarela ou laranja. Aos primeiros segundos do dia 3 de janeiro, a octogenária Georgina Pinto, deu entrada na urgência do mesmo hospital. Foi-lhe atribuída uma pulseira laranja, cujo tempo de espera, segundo a triagem de Manchester não deve ultrapassar os dez minutos. Foi vista pelo médico três horas depois.
A febre elevada não lhe deu o privilégio de um atendimento rápido e nem mesmo de um antipirético até ser vista por um médico. Conta a familiar que a acompanhou, que os corredores estavam lotados de macas e o caos parecia ter-se instalado. Talvez a prova desse caos tenha ido para casa com a doente. Quando teve alta, no dia seguinte, ficou-lhe esquecido o cateter através do qual tinha levado soro. As pulseiras amarelas, que correspondem a 60 minutos máximos de espera, não evitam que os seus portadores aguardem seis ou sete horas seguidas. Um tempo demasiado longo para quem está doente e para quem acompanha os doentes. Um tempo demasiado longo que reflete as más condições em que trabalham as equipas hospitalares. As macas acumulam-se ao longo dos corredores, no meio dos corredores, frente a portas que se abrem e fecham constantemente, empurrando doentes para cá e para lá. Não há cadeiras de rodas suficientes, não há camas suficientes, não há macas suficientes, não há sequer almofadas suficientes. Fazem-se rolos com toalhas que se colocam debaixo da cabeça dos doentes.
Não há fraldas, não há luvas ou as que há são de má qualidade.
Mas estes são relatos de enfermeiros e de doentes a que o JRO teve acesso. O Diretor Clínico, António Curado, desmente que haja falta de materiais de consumo imediato. “Admito que há necessidade de reapetrechamento de equipamentos no centro hospitalar a vários níveis mas não tenho ideia de que faltem esses materiais”. Todavia, para além do que é facilmente visível, a própria Comissão de Utentes confirma: “Não há equipamentos de monitorização. Não há aparelhos de eletrocardiograma a funcionar corretamente. Existe apenas um desses equipamentos no hospital das Caldas da Rainha que não monitoriza o ritmo cardíaco do doente ao segundo”. E o Diretor Clínico, que entre 2012 e 2013 foi ele próprio porta-voz da Comissão de Utentes, admite: “Não há camas para os cuidados paliativos. Tiram-se camas de uns serviços para os outros”. Aqui, facilmente se intui que tirar camas de uns serviços para os outros pode desencadear, por exemplo, o adiamento de cirurgias e outros constrangimentos.
Diretor Clinico do CHO- António Curado
Médicos querem isenção de responsabilidade
O que é que há então neste e noutros hospitais do CHO e do país? Há equipas médicas desorientadas e descontentes. Há profissionais de saúde em situações precárias, médicos que prestam serviço nos hospitais por conta de empresas de trabalho temporário e que são pagos à hora. Hoje estão neste hospital, amanhã podem estar noutro. Há uma gestão hospitalar que a Comissão de Utentes, os doentes e os próprios profissionais de saúde põem em causa.
A provar o estado caótico em que se encontra o serviço nacional de saúde e respetivos hospitais estão as isenções de responsabilidade que muitos médicos de norte a sul do país já assinam. É uma nova forma de protesto, individual e sem ruído. Dezenas de especialistas estão a assinar declarações que os ilibam de responsabilidade caso alguma coisa corra mal no decorrer da prestação de cuidados sem os meios necessários. Os ‘documentos de legítima defesa’ foram idealizados pela própria Ordem em setembro, no auge do protesto dos enfermeiros parteiros recusando funções nos blocos de partos. Segundo a Ordem dos Médicos (OM): “O médico assume por escrito que as condições em que está a exercer não são as ideais e que a responsabilidade dos seus atos não é totalmente sua”. Obstetras e anestesistas são os que mais estão a acionar este mecanismo de proteção e começam a surgir internistas e pediatras.As declarações de isenção, até aqui com mais adeptos na área da Grande Lisboa, começam a criar espaço também entre os profissionais de saúde no centro do país.
A associação dos administradores hospitalares diz desconhecer a existência das isenções de responsabilidades entregues pelos profissionais, mas reconhece que há problemas, sobretudo, nas Urgências, devido à falta de profissionais e à falta de condições. Diagnóstico diferente é feito pelo Ministro da Saúde. O seu gabinete diz que a informação que tem é de “que tal entrega das declarações terá acontecido, em número reduzido, aquando da paralisação dos enfermeiros obstetras e dos técnicos de diagnóstico e terapêutica, circunstâncias entretanto ultrapassadas”.
A Gripe, a corrida às urgências e os números
Na primeira semana de janeiro, os casos de gripe fizeram disparar em 15% os episódios de urgência. E as dificuldades habituais de ter equipas reforçadas aumentaram. Recorreu-se às empresas prestadoras de serviços. Pelo menos em 50% das suas escalas os hospitais que compõem o CHO recorrem a estas empresas. O Centro Hospitalar do Oeste tem duas urgências médico-cirúrgicas e uma urgência básica. Três internistas por 24 horas nas Caldas da Rainha, quatro internistas por 24 horas em Torres Vedras e um internista por 24 horas em Peniche. Ainda no CHO há oito internistas (médicos de medicina interna) 24 sobre 24 horas.
Quanto a médicos triadores (sem especialidade), que avaliam as situações para passar ao médico internista, existem três nas Caldas, três em Torres e um em Peniche. Especialistas de obstetrícia ao serviço 24 sobre 24 horas existem três. E também pelo mesmo período de tempo há três cirurgiões de serviço. Quanto a pediatras, existem dois nas Caldas da Rainha e um em Torres Vedras. “Nem sempre conseguimos na hora, ligar para a empresa prestadora de serviços e dizer: Olhe mande-nos mais um médico. Nem sempre conseguimos o reforço das equipas.”, esclarece António Curado. “Enquanto Diretor Clínico preocupa-me muito essa situação dos tempos de espera, mas preocupa-me mais o número elevado de doentes em observação no serviço de urgência. Claro que me preocupa também as oito ou dez horas de espera para as pulseiras amarelas, mas é muito mais grave as três horas de espera para uma pulseira laranja”. E adianta: “As pulseiras verdes são os tais casos que num sistema perfeito deviam ser atendidos exclusivamente nos centros de saúde. Nós estudámos por várias vezes, um plano, para aplicar no terreno aquando da vinda do Papa, que englobava o atendimento a 30 doentes “graves” ao mesmo tempo. Mas onde é que punhamos os verdes? Acabaríamos por criar uma situação em que atenderíamos os verdes e amarelos, primeiro. Se calhar, aqueles que não eram tão urgentes acabariam por ser atendidos mais rapidamente. O que não é correto”.
O estatuto jurídico do CHO e a polémica sobre o novo hospital
Sobre a mudança de estatuto jurídico do Centro Hospitalar do Oeste de SPA (Setor Público Administrativo) para EPE (Entidade Pública Empresarial), aguardada há mais de um ano, António Curado refere que “independentemente dos nomes, e independentemente do modelo, o que acontece é que o CHO é o único hospital geral do país que ainda é SPA. O que significa que todos os outros hospitais antes de iniciarem esse novo modelo de gestão beneficiaram de investimentos e esses investimentos ainda não vieram para o CHO. Estamos à espera deles”. A Comissão de Utentes acusa agora a Administração Hospitalar de não fazer suficiente pressão sobre o ministério para acelerar o processo de alteração de estatuto jurídico “Não sinto isso, mas admito que já vivemos há mais de um ano na expetativa de um plano de negócios para que a conclusão da EPE se confirme. Devia ter acontecido em 2017”, refere António Curado.
Parece-lhe que a Dra. Ana Paula Harfouche está a fazer um bom trabalho na administração hospitalar? – Perguntámos. “Não vai querer com certeza que eu me pronuncie sobre isso! Há um concelho de administração composto por cinco pessoas que não se conheciam antecipadamente. Penso que cada uma delas está a fazer o seu melhor!”
António Curado não esconde o que deseja: Um novo hospital na região que satisfaça plenamente as necessidades dos seus habitantes. “Toda a gente sabe que eu sou a favor de uma estrutura hospitalar única para o oeste. Defendo que deve ser construída uma estrutura física nova que responda às necessidades de 300 mil habitantes. Não é sustentável manter três urgências abertas com estas dimensões e serviços repartidos”. Muitos dos equipamentos de que o CHO necessita continuam à espera da mudança de estatuto jurídico de SPA para EPE. “Nós herdámos um determinado orçamento de exploração que não inclui despesas de investimento. E depois temos que ir ao orçamento de exploração repescar verbas para reparações de equipamentos que estão danificados ou desatualizados".
Quando abordamos as dificuldades para a construção do novo hospital, o responsável identifica dois obstáculos que é preciso transpor para bem da população: “Acho que temos duas grandes dificuldades para a implantação dessa nova estrutura para o CHO. A primeira é o financiamento e a incapacidade do estado português para o assumir. A segunda é a localização e a “guerra” que isso vai dar”, e continua: “O Oeste é uma das zonas do país onde se nota mais necessidade de investimento. Tanto em recursos humanos, como em equipamentos, e em instalações. Não temos sequer instalações suficientemente atrativas para os profissionais que vêm de Lisboa. Precisamos de bons equipamentos e de instalações bem equipadas com cuidados intensivos, bons blocos operatórios, laboratório de anatomia patológica e farmácia, por exemplo. Acho que na saúde as previsões orçamentais são muito difíceis de fazer. A saúde representa um valor muito grande do Produto Interno Bruto dos Estados. A saúde é um bem muito precioso e muito caro. As três urgências a funcionar resultam numa gestão impossível. A dimensão demográfica do Oeste com 300 ou 350 mil habitantes e com o acréscimo do turismo merece essa estrutura física”.
Até ao novo hospital, obras nos velhos
A ampliação do serviço de urgência do Hospital das Caldas da Rainha, orçada em mais de 1,7 milhões de euros, está agora na fase inicial. As obras arrancaram na última semana de janeiro. A remodelação do serviço implica um investimento de 1.733.254 euros, autorizado em março do ano passado pelos ministérios da Saúde e das Finanças e, segundo um comunicado do Conselho de Administração (CA) “irá permitir melhorar a qualidade de acolhimento, de conforto e de atendimento aos doentes que acorrem ao serviço”, assim como “dos profissionais que diariamente exercem as suas funções”. Esta remodelação e ampliação do serviço de urgência médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha, contempla a criação de uma segunda Sala de Observação (SO) – com 264 metros quadrados e capacidade para 20 camas – e a criação de um espaço complementar para doze cadeirões, que, segundo o CA “permitirá a retirada dos doentes dos corredores”.
Também o Hospital de Torres Vedras que compõe o CHO sofrerá, em breve, obras de remodelação no serviço de urgência. Faz então sentido que se invista em obras quando o objetivo é criar um único complexo hospitalar de raiz para servir a toda a região? “Vamos admitir que dentro de dez anos temos um novo hospital a funcionar no Oeste. Até lá é preciso garantir mais e melhores condições aos doentes e aos profissionais. Acho que esta solução de médio prazo garante uma melhoria dessas condições. Aquilo que pretendemos fazer para já é avançar com as obras no serviço de urgência e que implicam um alargamento e readaptação dos espaços. Mais uma vez, a dificuldade maior é fazer obras num serviço de urgências que não pode fechar. Estas obras terão que ser feitas faseadamente”, refere António Curado que salienta ainda a importância de obras noutros serviços e lembra as que foram levadas a cabo na obstetrícia: “Foi ponto de honra para mim, sob pena de pôr em causa as minhas funções, mas desde setembro que não tivemos que voltar a encerrar a urgência externa de obstetrícia. Obviamente que isso implica dificuldades para termos três obstetras 24 sobre 24 horas. Durante o ano de 2017 não houve concursos públicos para integração de médicos. Nem na primeira nem na segunda fase”.
Em dezembro passado, a ASAE visitou as instalações da cozinha hospitalar e verificou que as mesmas não tinham condições para a preparação de refeições. Todavia mantém-se a empresa que as serve, o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH). Não houve interrupções? “Não houve nenhuma nenhuma interrupção no fornecimentos das refeições. A única diferença é que agora, durante os 60 dias em que decorrem as obras, a preparação dos alimentos faz-se em contentores preparados com arcas frigoríficas, ares condicionados, em regime de cook-chill. Vêm já semi preparados”.
Reunião da Comissão de Utentes
A Comissão de Utentes já não cala o descontentamento A Comissão de Utentes, fez em outubro passado, uma exposição do problema da alteração do estatuto jurídico ao Ministro da Saúde, e não obteve qualquer resposta. No final desse mesmo mês a comissão enviou um novo oficio a António Costa, pedindo uma reunião. Passados quinze dias, saiu do gabinete do Primeiro-ministro, uma resposta com a indicação de que o pedido havia sido reencaminhado para o Ministro da Saúde.
Nos primeiros dias de 2018, a Comissão de Utentes voltou “à carga” e enviou novo pedido para reunir com António Costa. Por altura do fecho do nosso jornal a Comissão de Utentes aguarda ainda resposta. Dependendo do resultado dessa reunião com o Primeiro Ministro, a Comissão de Utentes coloca a possibilidade de uma interpelação junto do Presidente da República e não está descartada uma manifestação pública durante o mês de fevereiro.
Quando perguntamos se é desejo da Comissão afastar esta administração, Vítor Dinis Presidente da Comissão é peremptório: “A nossa esperança é que com a alteração do estatuto jurídico, havendo também alterações ao nível da gestão, esta administração seja substituída. Se tal não acontecer, ou caso seja ainda muito demorada esta alteração, então sim. Gostaríamos de ver esta administração afastada”. Vítor Dinis relatou ainda ao JRO que das poucas vezes em que a comissão reuniu com Ana Paula Harfouche, houve sempre da parte da responsável uma tentativa para ignorar os problemas do Centro Hospitalar. “Para a Administradora está tudo bem! Como é que nós podemos dizer bem de uma administração que vendo que está quase tudo mal, não assume?” E revela algumas das preocupações que já manifestou ao CA e que pretende manifestar a António Costa. Preocupa à Comissão de Utentes as contas do CHO, a situação financeira que não parece clara, - em novembro de 2016 as dívidas do CHO rondavam os 30 milhões de euros entre fornecedores e serviços. No site oficial do CHO não estão ainda disponíveis os relatórios de contas face a 2017. O Instituto Português do Sangue e Transplantes era à data, o maior credor com um saldo de quase oito milhões de euros em dívida. A Comissão de utentes especula que por esta altura, os valores devedores andem perto dos 50 milhões e põem em causa a forma como estão a ser geridos os serviços. “Quais serão, por exemplo, as despesas de deslocação em ambulância no percurso entre Caldas da Rainha e Torres Vedras?”, pergunta Vítor Dinis. Acima de tudo, a Comissão de Utentes preocupa-se e indigna-se com as condições em que se encontram os hospitais que compõem o Centro Hospitalar do Oeste e que tanto constrangem profissionais e utentes. Uma preocupação aparentemente partilhada também por António Curado: Fica a pergunta: Serão estas preocupações também partilhadas por Ana Paula Harfouche?
Quem é Ana Paula Harfouche?
É a Presidente do Conselho de Administração do CHO desde fevereiro de 2016. Foi administradora do Instituto Português de Oncologia de Lisboa entre 1997 e 2004 e entre 2005 e 2008 passou pelo gabinete do secretário de Estado da Saúde e entre 2004 e 2005 foi administradora da Agência de Contratualização e Acompanhamento, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Com 52 anos, é professora auxiliar do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa.
No seu percurso académico, conta-se um doutoramento em ciências sociais na especialidade de administração, mestrado em gestão e administração pública e licenciatura em gestão de empresas.
Adenda à reportagem publicada a 25/01/2018 no Jornal Região Oeste:
Comissão de utentes do Centro Hospital do Oeste (CHO) pede auditoria ao IGAS
A Comissão de Utentes do centro Hospital do Oeste (CHO) (Inspeção Geral das Atividades de Saúde) viu aceite o seu pedido de auditoria à gestão das contas feita pela atual administração hospitalar, pedido endereçado inicialmente às Finanças, tribunal de Contas, ASAE e IGAS, tendo sido esta última entidade a confirmar a validação deste pedido.
Esta informação foi passada aos jornalistas na sequência de uma conferência de imprensa levada a cabo na passada semana pelo presidente da Comissão de Utentes, Vitor Dinis, que adiantou ainda que, do gabinete do Primeiro Ministro António Costa, obteve também a informação de que não foi recebida a carta em que era pedida uma reunião com o responsável do governo. Recorde-se que a comissão de utentes enviou uma carta a pedir essa mesma reunião com António Costa em novembro de 2017, tendo voltado a insistir já em janeiro de 2018.
Texto: Ana Cristina Pinto
Fotografia: Ana Cristina Pinto/Rui Viola
Fotografia: Ana Cristina Pinto/Rui Viola
Artigo publicado no Jornal Região Oeste
www.facebook.com/JRO-Jornal-Região-Oeste
Comentários
Enviar um comentário