Tomada de Posse no Bombarral

24 anos depois, PS volta a liderar no Bombarral


 Não chegaram os lugares sentados no Teatro Eduardo Brazão no Bombarral para a população que assistiu na passada segunda-feira (23 de outubro) à Tomada de Posse dos órgãos autárquicos eleitos no passado dia 1 de outubro para dirigirem o destino do Concelho nos próximos 4 anos. Ricardo Fernandes, o novo Presidente da Câmara Municipal, iniciou o seu discurso garantindo que tudo fará para ser “o presidente de todos os bombarralenses”, incluindo os que escolheram o concelho apenas para trabalhar e promete “colocar o Bombarral nos índices de crescimento, de desenvolvimento e de investimento dos concelhos vizinhos". 


Ricardo Fernandes comprometeu-se nos primeiros 100 dias de mandato, a avançar com medidas que considera urgentes, como a criação de um Gabinete de Apoio ao Agricultor, para ajudar agricultores a apresentarem candidaturas a fundos comunitários, e a marca "Bombarral INOV, para apoiar a fixação de 'startups' e atrair investimentos.”

Entre as medidas urgentes, salientou ainda o apoio à aquisição de medicamentos por pessoas idosas e carenciadas e avançou ainda que é sua intenção reduzir o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) como forma de atrair e fixar os jovens no concelho.

Um dos objetivos do executivo, agora liderado por Ricardo Fernandes, é também atrair turistas para dinamizar o comércio e,para tal,salientou a necessidade de requalificar o museu municipal e criar rotas temáticas para dar a conhecer o património, a gastronomia e os produtos endógenos do concelho.

A proximidade ao poder central é também um dos objetivos do novo Presidente que defende a requalificação da Linha Ferroviária do Oeste e a construção de um novo hospital para o Oeste, sobre o qual diz “não vejo melhor localização para o novo hospital do que o Bombarral”.


O candidato da coligação PSD/CDS-PP, José Manuel vieira, anterior presidente da câmara desde 2009 e que se recandidatou nas últimas autárquicas despediu-se do cargo admitindo que o último mandato "não foi fácil" face à tarefa que teve de "equilibrar as finanças" da câmara, adiantando que deixa o município com "excelentes condições para efetuar investimentos".

"Saio com a mágoa de não ter concretizado obras necessárias para o futuro depois de passarmos por privações", disse, adiantando que deixa projetos prontos a lançar, como obras de requalificação do parque escolar, com mais de um milhão de euros de fundos comunitários, do mercado municipal, das antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho ou já em construção, como o canil municipal ou da Loja do Cidadão. 

O presidente cessante, que tomou posse como vereador da oposição, prometeu uma "oposição forte e construtiva do PSD e do CDS-PP", que se candidataram em coligação às eleições de 01 de outubro.


Por sua vez, Jorge Gabriel Martins, assume as suas funções enquanto Presidente da Assembleia Municipal referindo que o concelho “vive a sua última oportunidade para descolar dos baixos índices de desenvolvimento a que o concelho foi votado nas últimas duas décadas”, e como tal, considera urgente “encontrar um rumo, definir estratégias e aplicá-las”. O agora empossado presidente da Assembleia Municipal aproveitou para condenar “o auto-elogio com que sistematicamente fomos levados, e no qual alguns, apesar dos resultados eleitorais, ainda insistem, deve ser substituído por ações concretas de melhoria do dia a dia dos cidadãos.”

Jorge Gabriel Martins assegura ainda que haverá fiscalização do desempenho da anterior administração camarária “e consequente responsabilização em tudo o que tenha lesado o município” e acrescenta que “cumprida que esteja a verificação de tais responsabilidades e conhecido com detalhe o quadro financeiro que é deixado como legado para este mandato, há que avançar com o trabalho, não servindo o passado como desculpa, como outros o fizeram, tentando engolir as suas próprias incapacidades”. 


Recorde-se que o PS ganhou com 48,94% dos votos, elegendo quatro vereadores para a Câmara, enquanto a coligação PSD/CDS-PP conseguiu 37,24%, elegendo três elementos, tendo a CDU perdido o único vereador em funções. 

Assembleia Municipal

Pres. Jorge Gabriel Martins (PS)
1sec. José Alberto Rocha(PS)
2sec.Maria Helena dos Santos (PS)
José Vítor Ribeiro da Silva(PS)
José Manuel da Cruz Oliveira(PS)
Susana Paula Geraldes Sobreiro Trindade Manco(PS)
Ivo Gonçalo Rodrigues Faustino(PS)
Bruno Emílio Rocha Correia(PS)
Sónia Isabel Fonseca Gomes Azevedo(PS)
Pedro Miguel Martins Beco(PS)
Hugo Vicente (PS)
João Carlos Barreiras Duarte (PSD/CDS-PP)
José Alexandre Fonseca (PSD/CDS-PP)
Rui Leonel Abrantes Cunha (PSD/CDS-PP)
Vanda Ferreira Nunes Laura (PSD/CDS-PP)
Luís Francisco Silva (PSD/CDS-PP)
Luís Biscaia de Almeida (PSD/CDS-PP)
Samuel Carvalho da Silva (CDU)
Maria da Conceição Correia(CDU)

Assembleia de Freguesia da União de Freguesias Bombarral e Vale Covo

Sérgio Manuel da Silva Duarte (PS)
Assembleia de Freguesia do Carvalhal
Gonçalo da Cruz Belisário (PS)

Assembleia de Freguesia do Pó

Nuno Diogo Bernardino (PSD/CDS-PP)

Assembleia de Freguesia da Roliça

Joana Isabel Caetano (PSD/CDS-PP)


Texto: Ana Cristina Pinto
Fotografia: Ana Cristina Pinto / Eduardo carvalho

Artigo publicado no Jornal Região Oeste
www.facebook.com/JRO-Jornal-Região-Oeste

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